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ALECRIM (Rosmarinus officinalis)

Cultivo CEUSCD

É um arbusto comum na região do Mediterrâneo que, devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar. Várias outras espécies também recebem o nome de alecrim, no entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois gêneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor. (Fonte: Wikipedia)

Alecrim

Nomes Populares: Alecrim, Erva da recordação, Rosmarino, Alecrim-do-campo, Erva-da-graça, Alecrim-da-horta

Propriedades medicinais: Atua na debilidade cardíaca, tônico do coração e estômago, é excitante, é bom para o fígado, rins e intestino, menstruação irregular, ansiedade, asma, cabelos grisalhos, calvice, caspa, debilidade, depressão, dispepsia, dor de cabeça, dor de garganta, epilepsia, fadiga, flatulência (combate gases), gengivite, intoxicação intestinal, neuralgia, ciática, repelente, reumatismo, tensão, úlceras bucais, vertigem.

O chá é útil para tosse, asma, coqueluche, gripe, febres, contusões;

Em banhos alivia reumatismos, dores musculares, cura feridas;

Precauções: Evitar o uso durante a gravidez, Em caso de epilepsia Se o uso for excessivo, pode causar gastroenterites ou nefrites.

Curiosidades: O Alecrim é considerado um símbolo de amizade e lealdade. Estudantes gregos antigamente usavam grinaldas de Alecrim na cabeça para irem bem nas provas. Em casamentos, as noivas costumavam usar uma grinalda de Alecrim e colocar a planta em seus buquês. Também era usado em funerais, como forma de lembrar-se com respeito do finado e proteger-se do mal. Também costumava ser enterrado junto com o morto, para que seu aroma anti-septico prevenisse a expansão de infecções. Durante o século XVI, os europeus usavam o Alecrim para reprimir a peste bubônica. O Alecrim também já chegou a ser levado para cadeias e hospitais para prevenir a expansão do tifo. O Alecrim usado como banho por mulheres atrai o sexo masculino.

Uso ritualístico: O Alecrim foi muito utilizado em várias religiões como incenso e até hoje é uma erva que não pode faltar nas defumações dos terreiros. É utilizado para banhos de abo e amacy, sendo atribuída aos Orixás Oxalá, Oxum, Iansã e Oxóssi. Também é utilizada para benzimento principalmente pelos Pretos-velhos.

ALFAZEMA (Lavandula officinalis)

Cultivo CEUSCD

Sinônimos botânicos: Lavandula angustifolia Mill.

Outros nomes populares: lavanda, lavande, lavândula, echter lavandel (alemão), espigolina (espanhol), lavande (francês), lavender (inglês), lavanda vera, spigo, fior di spigo (italiano), flores

spicae (latim).

Constituintes químicos: óleo volátil, flavonóides, tanino, álcoois térmicos, cineol, nerol, cumarina, linalol, geraniol, acetato de linalilo, furfurol, cariofileno, eucaliptol, cânfora, borneol, acetato de lavandulilo, terpin-4-ol, lavandulol, a-terpineol

Propriedades medicinais: analgésica, antianêmica, antiasmática, anticonvulsiva, antidepressiva, antiemética, antiespasmódica, antiinflamatória, antileucorréica, antimicrobiana, antiperspirante, anti-reumática, anti-séptica, aromática, aromatizante do cabelo, béquica, calmante suave, calmante dos nervos, carminativa, cicatrizante, colagoga, descongestionante, desodorante, diaforética, digestiva, diurética, emenagoga, estimulante da circulação periférica, estimulante mental, excitante do sistema nervoso, hipnagoga, indutora do sono, oftálmica, parasiticida capilar, peitoral, purificante, refrescante, relaxante muscular, repelente de insetos, rubefasciente, sedativa, sudorífica, tônica capilar, tônica do estômago, tônica dos nervos, vermífuga.

Indicações: abatimento, abscessos, acne, amenorréia, anúria, apoplexia, artrite, asfixia, asma, atonia dos nervos encéfalo-raquidianos, baço, bronquite, catarro, cefalalgia, congestão linfática, contusão, depressão, dermatites, desmaio, dispepsia flatulenta, doença respiratória (asma, bronquite, catarro, gripe), dores reumáticas, eczemas, enjôo, enxaqueca, epilepsia, espasmo, estômago, feridas, fígado, fraqueza cardíaca, gases, gota, gripe, inapetência, limpa/amacia/acalma a pele, insônia, leucorréia, náuseas, nervosismo, neurose cardíaca, paralisia, pediculose, perturbação gástrica, picada de inseto, problemas menstruais, pressão alta, problemas circulatórios, psoríase, queimadura, resfriado, reumatismo, síncopes, sinusite, tensão nervosa e muscular, tinha, tosse, vertigem.

Parte utilizada: flores, folhas, haste, óleo essencial.

Contra-indicações/cuidados:
Em altas doses pode ser depressiva do sistema nervoso, causando sonolência.
Pessoas propensas à úlceras, não devem exagerar na administração de preparados à base de alfazema.

Alguns fitoquímicos da planta são incompatíveis com sais de ferro e iodo.

Efeitos colaterais: sonolência.

Modo de usar:

a) infusão ou decocção:

- 1%, de 5 a 20 ml/dia;

- 2 a 4 g/litro de água;

- 8 g da planta/litro d'água ou 1 colher das de sopa de folhas picadas em ½ litro d'água. Tomar 1 xícara das de chá 3 a 4 vezes ao dia

- 10 g ou 2 colheres de folhas secas picadas em ½ litro. Tomar 1 xícara 2 vezes ao dia;

- 3 a 5 g da flor seca em uma xícara de água fervente, 3 a 4 vezes ao dia: excitação nervosa, laringite, nevralgias e como diurético;

b) infusão:

- colocar em 1 xícara de água fervendo 5 g de flores de alfazema, Deixar por 5 minutos adoça com mel e beber, repetir a dose 4 vezes ao dia;

- fazer uma mistura de 30 g de flores de alfazema, 10 g de camomila, 5 g de hipérico, 5 g de lúpulo e 5 g de raízes de valeriana. Colocar 5 g da mistura em uma xícara e verter água fervente. Deixar esfriar e filtrar. Tomar antes de deitar: excitação nervosa;

- fazer uma mistura de 20 g de flores de alfazema, 60 g de flores de primavera e 20 g de flores de camomila. Colocar 5 g dessa mistura em uma xícara de água fervente. Deixar esfriar e filtrar. Beber em seguida. Repetir a dose duas ou três vezes ao dia: nevralgias;

c) decocção: 60 g de flores de alfazema em 1 litro de água, por 2 minutos, filtrar e beber de 4 a 6 xícaras por dia: asma;

d) alcolatura: 10 g em 2 litros de álcool neutro ou de cereais (antisséptico e cicatrizante). Em fricções, atua sobre o reumatismo;

e) extrato fluido: 0,5 a 2 ml/dia;

f) tintura: 1 a 10 ml/dia;

g) maceração: 50 g de flores em 1 litro de água, por 15 dias. Filtrar. Para contusões: passar no local um pouco do líquido, para aliviar as dores e desinflamar;

h) óleo:

- pingar algumas gotas sobre as têmporas e pulsos para aliviar o cansaço;

- dissolver algumas gotas em água e beber após as refeições: má digestão;

i) compressas: 30 g de flores em 1 litro de água: ação ligeiramente revulsiva;

j) essência de alfazema: colocar um punhado de flores frescas de alfazema em 750 g de azeite e deixar macerar por 20 dias. Filtrar em tecido de linho. Para aliviar cansaço, pingar algumas gotas desse óleo sobre um torrão de açúcar, dissolvendo-o lentamente na boca e pingar algumas gotas sobre as têmporas e os pulsos;

NOTAS:
O pó das folhas, quando em combustão, atua como odorizante e desinfetante de ambientes, além de ser insetífugo.

O esfregaço da planta nas roupas perfuma e protege-as das traças.

Uso ritualístico:

É usada para banhos de defesa, de purificação, de descarga e afrodisíacos.

Em rituais se usa para banhos de descarga ou em defumações.

A alfazema é usada para os orixás: Oxalá, Yemanjá, Oxum e Bejada.

Esta erva tem a propriedade de afastar as mulheres se for usada sozinha por homens. Quando necessário o uso dela deve-se colocar junto o Alecrim ou Levante que possui propriedades contrárias e neutraliza esta ação de afastar mulheres dos homens.

ARRUDA (Ruta graveolens

Nomes populares: Arruda- fedorenta, arruda-doméstica, arruda-dos-jardins, ruta-de-cheiro-forte. Rue (inglês), ruda (espanhol), rue des jardins (francês), ruta (italiano) e raute (alemão). 

Partes usadas: Folhas e flores 

Princípios ativos: Alcaloides, ácido salicílico livre, álcool metilnonílico, e seus ésteres, matérias resinosas e pépticas, flavonóides, óleo essencial, pipeno, psoraleno, quercitina, ribalinidina, rubalinidina, rutacridona, rutalidina, rutalinium, rutina 

Proprieades terapêuticas: Analgésicas, béquicas, emoliente, anti-helmintica, emenagogo 

Origem: Sul da Europa.

Histórico da Arruda:

Tanto Michelangelo quanto Leonardo da Vinci afirmaram que graças aos poderes metafísicos da arruda que ambos tiveram sensíveis melhorias em seus trabalhos de criatividade. Na Idade Média era muito usada em rituais religiosos, tida como erva de proteção contra feitiçarias. Por este motivo é até hoje usada para espantar mau-olhado. No Brasil, conquistou o título de erva purificadora, que limpa ambiente, atrai bons fluidos e afasta mau-olhado. Com os ramos da arruda aspergia-se água benta sobre as multidões. Era considerada uma importante defesa contra a peste nega. Os ladrões que roubavam as vítimas da peste negra protegiam-se com o chamado "vinagre dos quatro ladrões", de cuja composição ela fazia parte. Era também um dos principais componentes da mithridate, antidoto grego contra todos os venenos. Esta planta apareceu nas armas da Ordem do Cardo, escocesa, e inspirou o desenho do naipe de paus dos baralhos de cartas.

Modo de Usar:

Calmante:

Suas folhas são utilizadas como chá com fins calmantes. Na forma de infusão (20 gramas para um litro de água), ou empregando-se as folhas secas em pó, combate os piolhos.
Conjuntivite:

Macerar as folhas, acrescentar água fervida ou mineral e passar nos olhos, embebida num

chumaço de algodão, várias vezes ao dia

Piolhos:

Usa-se as folhas secas em pó, combate os piolhos, pulgas, insetos e ratos

Posologia:

Infusão: 2 a 3g de folhas secas em 1 litro de água. Ingerir 2 xícaras (chá) por dia.

Vermífugo: 20g de arruda para 1 litro de azeite comestível. Ingerir 2 a 3 colheres (chá) por dia.

Tintura: 1 copo de folhas frescas picadas em 1 litro de álcool (contra sarna). 

Cataplasma: varizes e flebite.

Decocção: utilizar 100g de planta fresca em ½ litro de água. Fazer lavagem nos olhos.

Outras indicações:

Se ingerida causa: dores aguda intestinais, convulsões e confusão mental. Em mulheres grávidas tem efeito abortivo. Tem ação fotossensibilizante à luz sobre a pele; as furanocumarinas podem prejudicar a pele por contato direto com os vegetais que as contêm ou por ingestão. A reação de fotoxicidade depende da concentração dos componentes cumarínicos presentes no vegetal em questão e também da hipersensibilidade individual

Precauções:
Informações médicas recentes desaconselham totalmente o uso da arruda na medicina caseira, devido à alta toxicidade da planta. Ela serve para preparar medicamentos feitos por farmacêuticos, da medicina alopata ou homeopata. Caso tenha contato com a planta, se ficar exposto ao sol, pode-se obter manchas na pele, fitodermatites Doses excessivas: pode causar vertigens, gastroenterites, convulsões, hemorragia, aborto, vômitos, dores abdominais, náuseas e vômitos, cólicas.

Usos ritualísticos:

Na parte Espírita ela serve para: limpar ambientes pesados, com fluidos ruins e de cargas, bamhos de descarregos para renovar os campos e energias do corpo protegendo-o das cargas negativas como inveja, mau olhado.

Orixás: Ogum e Exú (principalmente o pendão floral).