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MANJERICÃO (Ocimum basilicum)

                 Manjericão (Ocimum basilicum)                   Manjericão (Ocimum basilicum minimum)

                                                              cultivo CEUSCD

Nomes Populares: Manjericão, alfavaca, alfavaca-de-jardim, alfavaca-doce, basilicão, basílico, manjericão-de-molho, manjericão-doce, manjericão-grande, erva-real, alfavaca-cheirosa, alfavaca-d’américa, manjericão-branco, manjericão-de-folha-larga, manjericão dos cozinheiros.

O nome deriva do grego basileus que significa rei.

Originário da Índia.

Histórico:

Foram os hindus que inventaram o cultivo do manjericão e o exportaram para o Egito há mais de 4 mil anos. Planta sagrada na Índia o manjericão branco é, ainda hoje, venerado como planta imbuída de essência divina e consagrada a Krishna e Vishnu. Por isso os indianos escolheram a erva para fazerem sobre ela juramentos em tribunais. Além disso ela é colocada sobre o peito dos mortos para servir de passaporte para o paraíso. Encontrou-se manjericão branco em volta do túmulo de Cristo após a ressurreição, por isso algumas igrejas ortodoxas o usam para preparar água benta e têm vasos com manjericão embaixo do altar.

Em Creta o manjericão simbolizava o amor banhado com lágrimas e na Itália é usado como prova de amor. No Haiti acompanha a deusa pagã do amor Erzulie como poderosa proteção e as camponesas mexicanas trazem no bolso para atraírem o olhar de um eventual apaixonado.

No Egito dizia-se reservado aos soberanos e que somente eles podiam colher a planta com foice de ouro, de onde vem o significado do seu nome: “Planta do Rei”.

Propriedades medicinais:

O uso do manjericão é geralmente associado ao estômago e órgãos relacionados. Ele pode ser usado no caso de cólicas, vômitos, constipação, problemas gástricos, depressão e menopausa.
Como um anti-espasmódico, ele vem sendo usado para acabar com a tosse. O manjericão também é recomendado para tratar a dor de cabeça.

Ele aumenta o apetite, tende à aumentar o leite nas mães, melhora a circulação sangüínea, ajuda na digestão, elimina dores causadas por gases e auxilia na indigestão. O manjericão também trata a febre, resfriados, gripes e a sinusite. As folhas do manjericão são ótimas quando esfregadas sobre picadas de insetos.

O manjericão é uma erva muito conhecida que deve ser colhida antes de dar flores e é usada desde a antigüidade. No Egito antigo, o manjericão era utilizado como antídoto para picadas de cobras, escorpião e problemas com os olhos. O suco fresco da planta era usado externamente no tratamento de infecções da pele causadas por fungos. As folhas amassadas eram aplicadas em locais doloridos em casos de reumatismo. 

A infusão de manjericão era recomendado no tratamento dos nervos, dores de cabeça e desmaios. Os gregos usavam o manjericão tanto para preparar banhos aromáticos para fortalecer os nervos, quanto para adicionar um sabor especial aos vinhos e licores. O manjericão repele insetos e se colocado dentro dos armários, acaba com os insetos indesejados.

Beba uma xícara (chá) de infusão ao dia como prevenção, e adoce com mel no caso de tratamento da tosse.

Lembre-se que o óleo essencial de manjericão não deve ser utilizado durante a gravidez. O óleo essencial de manjericão grande é levemente verde-amarelado e contém linalol, composto esse que também se encontra presente nos óleos essenciais de bergamota e alfazema. O seu aroma é muito agradável, suave e refrescante e é muito semelhante a uma mistura de tomilho, hortelã-pimenta e alcaçuz. Contém taninos e saponina.

Uso ritualístico: O manjericão é utilizado na Umbanda para sacudimento e principalmente para afastamento de egum.

É utilizado em feitura de cabeça dos orixás correspondentes e na confecção do amacy em geral.

Para afastar egum de casa coloca-se 3 galhinhos dentro de um copo com água.

Manjericão Branco – (Ocimum Basilicum Graissimun) – Oxalá

Manjericão Roxo – (Ocimum Basilicum Purpureum) – Xangô, Obaluaê, Nanã

Manjericão Crespo – (Ocimun Basilicum Crispum) – Iansã

Manjericão Miúdo – (Ocimun Basilicum Minimun) –  Bejada

MARAVILHA (Mirabilis jalapa, Mirabilis dichotoma)

Família: Nictagináceas.

Nomes populares: Jalapa-falsa, bonina, boa-noite, bela-noite, beijo-de-frade.

Origem: Chile.

Descrição:

Planta ornamental, cultivada em jardins, sua altura chega a até 1 metro, haste suculenta, folhas lanceoladas, acuminadas. As axilas repletas de flores pedunculadas, vermelhas, amarelas ou raiadas de branco-vermelho ou de branco-amarelo que se abrem à noite. O fruto é uma cápsula foliácea, ovóide, que se abre à menor pressão. À cápsula é deiscente, torcendo-se a si mesma e derramando suas sementes.

Uso Medicinal:

Tem ação purgativas, diuréticas, analgésicas. É indicada para aliviar herpes, hidropsia, leucorréia, dor de ouvido, prisão de ventre.

Para adultos, prepara-se chá utilizando-se 2 colheres de sopa de flores ou 1 colher de sobremesa das raízes picadas de Maravilha para 1 litro de água. Tomar 1 a 2 xícaras do chá morno, sem adoçantes, diariamente, pelo tempo necessário à cura. O chá deve ser bebido em pequenos goles durante o dia.

Para dores de ouvido nas crianças, provenientes de mudanças de temperatura, vento, etc., dá um bom resultado o suco das flores recém-espremidas. Introduz-se o suco no ouvido, mantém-se durante uns quinze minutos a meia hora, e deixa-se escorrer. Em seguida, outra vez se pinga desse suco, no conduto auditivo e tapa-se com algodão. Não bastando duas aplicações para acalmar a dor, fazem-se três ou quatro.

Uso Externo:

No combate a herpes, sardas e manchas da pele, massageia-se as partes afetadas 2 vezes ao dia, com o suco obtido do caule ou das flores da Maravilha e, também, esfregando-se simplesmente as flores da planta no local afetado. É muito utilizada também como cicatrizante, machucando uma folha com o dorso de uma faca e colocando-se diretamente na ferida.

Parte Usada: Folhas, flores e raízes.

Riscos:

As sementes contidas no fruto da Maravilha são venenosas e não devem ser usadas, pois são extremamente perigosas à saúde humana.

Uso ritualístico: Usa-se para o preparo de amacy. É oferecida aos Orixás Oxalá, Bejada, Obaluaê e Povo do Oriente.